Escrevo hoje tão calma. Como se a vida fosse simples. Escrevo hoje em meu castelo, acostumada a uma angústia tão minha. Já não é possível dizer sobre aquilo que nos é tão próprio, tão infinitamente nosso.
Aquilo que nasce pulsante antes de pele. Antes do coração, aquilo que busco nas praças.
Acho bonito como sua história se entrelaça nas minhas letras. Uma história como qualquer outra. Mas me atrai porque é sua, repleta de infinitos. E aprendi a ter medo dos mistérios e das alturas, dos escuros e das velocidades, dos amores e das loucuras, dos orgasmos...
Lembra-te do dia, meu bem? Do nosso dia? Eu me lembro.
lembro-me dos amores inventados. E, assim, não mais que de repente, sou vazia. Lembro-me das cócegas nos meus pés descalços, ensinando-me que: "O tempo é hoje!"
Lembro-me de um barulho sossegado da sua respiração em minha nuca. E esperávamos a felicidade - como estatuas tristes.
Abro os olhos e sinto carícias em meu ventre oco. Me pediu silêncio...e nunca mais pude amar você.
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